Um pouco de História
Faz muito tempo que não escrevo e mais do que isso, quase sempre escrevo sobre assuntos relacionados ao processo de imigração para o Canadá. Não hoje.
Esse post é só um relato de como as coisas simplesmente 'acontecem' nas nossas vidas, caso estejamos fazendo o que chamo de 'a nossa parte'. Isso quer dizer que nada cai do céu mas ao mesmo tempo que não precisamos correr feito loucos atrás de um objetivo. Fazendo o que é certo, é uma questão de tempo até que este sonhado 'objetivo' seja alcançado.
Para os que não sabem, nasci e cresci em São Paulo, capital, em uma família de classe média (or 'mérdia' como diria meu cunhado Rubão - sem tom perjorativo, simplesmente brincando com a palavra e a situação que todos nós enfrentamos dia-a-dia no Brasil). Não que algo nos faltasse mas sobrar não sobrava não, ainda mais considerando o fato que éramos cinco irmãos no total. Passávamos o tempo jogando bola na rua, em casa de amigos e indo para cima e para baixo no conhecido bairro do Sumaré em São Paulo.
Graças ao fato de termos sempre tido acesso (dentro do possível) a uma boa educação consegui me formar em Engenharia Elétrica no final de 1992 e antes mesmo de estar formado já estava trabalhando para a Compaq, hoje HP, na área de suporte técnico. Junto com alguns amigos, fui um dos primeiros contratados da Compaq no Brasil e por lá fiquei até 1994. Durante todo esse tempo jamais pensei aonde iria parar, profissionalmente ou fisicamente. Tentava na medida do possível fazer a minha parte mas como todo 'jovem' (não que seja ou me considere velho - mas só de formado já são 17 anos!) pode acreditar que fiz muita bobeira em tudo que é coisa, inclusive profissionalmente.
Mas o tempo nos amadurece e com um pouco de bom senso, aprendemos com os nossos próprios erros. Foi então que as 'coisas' começaram a entrar nos eixos como dizem por aí e hoje, olhando para trás, não tenho nem com descrever tudo que aconteceu nesses últimos 17 anos e jamais poderia imaginar as coisas que viriam pela frente.
Profissionalmente como todos sabem me mudei para o Canadá a trabalho em 1999. Para os que não sabem exatamente o que faço, mexo há MUITO tempo com o que na época eram consideradas soluções de 'acesso remoto', que basicamente se resumem em arrumar um jeito para que as pessoas possam trabalhar em seus computadores de qualquer lugar do planeta. Tal mercado estava engatinhando no começo da década de 90 e hoje, graças a empresas como a Citrix e a Microsoft, é um mercado de bilhões e bilhões de dólares anuais.
Justamente pelo fato de só mexer com isso percebi exatamente o que tal mercado procurava e no final da década passada fundei uma empresa, funcionando no 'basement' da minha casa e usando computadores que eu mesmo havia montado com partes que a empresa na qual eu trabalhava iria jogar no lixo. Essa empresa cresceu e foi adquirida anos depois por um grupo Europeu e todos os produtos que hoje a 2X vende são baseados na propriedade intelectual por nós desenvolvida (e que eles adquiriram).
Em diversos casos fomos os pioneiros em diversas tecnologias que muita gente e muitas empresas no planeta hoje usam. Vi meus produtos em lugares como a NASA, a Biblioteca Nacional dos EUA em Washington, DC, na Disney, na Time Warner e muitos outros lugares! O mesmo para as idéias que fomos pioneiros! E é isso o que me espanta. Jamais poderia imaginar que tudo isso iria acontecer comigo.
Quando comecei a mexer com os produtos de acesso remoto da Citrix em meados da década de 90 jamais me passaria pela cabeça que estaria na matriz deles em Novembro de 2009 sentado em uma sala de reunião conversando com o CEO deles, o grande Mark Templeton. Ou indo jantar por diversas vezes esse ano com o CTO deles, meu conhecido Harry Labana.
O resumo de tudo isso? A vida é realmente uma caixa de surpresas mas fazendo a 'sua parte' essas serão boas supresas. Sou um exemplo vivo disso e de modo algum penso que sou um caso 'único'. Se aconteceu comigo, pode acontecer com você.
Pode acreditar.
Esse post é só um relato de como as coisas simplesmente 'acontecem' nas nossas vidas, caso estejamos fazendo o que chamo de 'a nossa parte'. Isso quer dizer que nada cai do céu mas ao mesmo tempo que não precisamos correr feito loucos atrás de um objetivo. Fazendo o que é certo, é uma questão de tempo até que este sonhado 'objetivo' seja alcançado.
Para os que não sabem, nasci e cresci em São Paulo, capital, em uma família de classe média (or 'mérdia' como diria meu cunhado Rubão - sem tom perjorativo, simplesmente brincando com a palavra e a situação que todos nós enfrentamos dia-a-dia no Brasil). Não que algo nos faltasse mas sobrar não sobrava não, ainda mais considerando o fato que éramos cinco irmãos no total. Passávamos o tempo jogando bola na rua, em casa de amigos e indo para cima e para baixo no conhecido bairro do Sumaré em São Paulo.
Graças ao fato de termos sempre tido acesso (dentro do possível) a uma boa educação consegui me formar em Engenharia Elétrica no final de 1992 e antes mesmo de estar formado já estava trabalhando para a Compaq, hoje HP, na área de suporte técnico. Junto com alguns amigos, fui um dos primeiros contratados da Compaq no Brasil e por lá fiquei até 1994. Durante todo esse tempo jamais pensei aonde iria parar, profissionalmente ou fisicamente. Tentava na medida do possível fazer a minha parte mas como todo 'jovem' (não que seja ou me considere velho - mas só de formado já são 17 anos!) pode acreditar que fiz muita bobeira em tudo que é coisa, inclusive profissionalmente.
Mas o tempo nos amadurece e com um pouco de bom senso, aprendemos com os nossos próprios erros. Foi então que as 'coisas' começaram a entrar nos eixos como dizem por aí e hoje, olhando para trás, não tenho nem com descrever tudo que aconteceu nesses últimos 17 anos e jamais poderia imaginar as coisas que viriam pela frente.
Profissionalmente como todos sabem me mudei para o Canadá a trabalho em 1999. Para os que não sabem exatamente o que faço, mexo há MUITO tempo com o que na época eram consideradas soluções de 'acesso remoto', que basicamente se resumem em arrumar um jeito para que as pessoas possam trabalhar em seus computadores de qualquer lugar do planeta. Tal mercado estava engatinhando no começo da década de 90 e hoje, graças a empresas como a Citrix e a Microsoft, é um mercado de bilhões e bilhões de dólares anuais.
Justamente pelo fato de só mexer com isso percebi exatamente o que tal mercado procurava e no final da década passada fundei uma empresa, funcionando no 'basement' da minha casa e usando computadores que eu mesmo havia montado com partes que a empresa na qual eu trabalhava iria jogar no lixo. Essa empresa cresceu e foi adquirida anos depois por um grupo Europeu e todos os produtos que hoje a 2X vende são baseados na propriedade intelectual por nós desenvolvida (e que eles adquiriram).
Em diversos casos fomos os pioneiros em diversas tecnologias que muita gente e muitas empresas no planeta hoje usam. Vi meus produtos em lugares como a NASA, a Biblioteca Nacional dos EUA em Washington, DC, na Disney, na Time Warner e muitos outros lugares! O mesmo para as idéias que fomos pioneiros! E é isso o que me espanta. Jamais poderia imaginar que tudo isso iria acontecer comigo.
Quando comecei a mexer com os produtos de acesso remoto da Citrix em meados da década de 90 jamais me passaria pela cabeça que estaria na matriz deles em Novembro de 2009 sentado em uma sala de reunião conversando com o CEO deles, o grande Mark Templeton. Ou indo jantar por diversas vezes esse ano com o CTO deles, meu conhecido Harry Labana.
O resumo de tudo isso? A vida é realmente uma caixa de surpresas mas fazendo a 'sua parte' essas serão boas supresas. Sou um exemplo vivo disso e de modo algum penso que sou um caso 'único'. Se aconteceu comigo, pode acontecer com você.
Pode acreditar.
11 Comments:
Cara, é muito bom ouvir notícias tuas. Meus Parabéns!
Luiz
By Luiz Alberto, at 4:06 AM
Bacana a sua história. Acho que muitos profissionais ficam com um pouco de medo quando se formam, talvez olhem pra frente e não consigam ver muita coisa e ficam com medo de fazer algo medíocre, mas com o tempo e a experiência a gente aprende que fazer o melhor possível sempre traz resultados no longo prazo. Só não pode ter muita pressa! :-)
Parabéns e um abraço!
By Ernani, at 10:52 AM
Parabéns Claudio, inspirador eu diria.
Hoje sou Coordenador de Suporte Técnico, e se tudo der certo ano que vem estou em Gatineau/Ottawa, para começar do 0. Mas a empolgação é total, e relatos como o seu sao perfeitos para este momento.
Thanks por compartilhar.
Att
Leandro
By Leandro.. ou Teks, at 4:54 PM
Oi Cláudio,
Bom ter "notícias" suas... espero que se lembre de mim (estivemos aí em Otawa em set/2008, ficamos num motel aí do lado da sua casa).
Chegamos de mudança a Toronto há duas semanas. Estamos ainda nos instalando...
Espero poder em breve voltar a visitar Ottawa, e também revê-lo.
Um abraço,
Márcio Campos
marciomottola'@'gmail.com (tire as aspas)
By Márcio, at 4:20 PM
Opa Cláudio! Sumido rapaz!
Grande relato! Desde a primeira vez que te vi na lista do Canadá já vi que era um cara que valia a pena ser espelhado (bem, o fato do Porsche ajudou um pouco).
No mais, apareça mais. Nem que seja pra falar da imigração, mas como anda a vida aí em Ottawa.
Abraços
By phpones, at 12:02 PM
Curiosamente de ontem pra hj duas coisas me lembraram vc. A primeira: mesmo morando numa cidade de menos de 400mil hab em plena floresta amazônica, uma Cayenne passa ao meu lado. A segunda coisa: meu primo querendo ir pro Canadá e me pedindo contatos de pessoas que moram por aí pra poder obter relatos. Aí hj vou lá pra minha lista de favoritos e vejo seu relato muito bacana. Obrigado pela injeção de ânimo!!!
Sucesso e felicidades!!!
abraços
Leslie Carlos Lima
By Anonymous, at 7:31 PM
This comment has been removed by the author.
By Dù Gomes, at 10:12 PM
Cláudio, tenho 17 anos de TI, sou programador delphi e funcional SAP Fi durante este periodo. Isso que você relatou só reforça minha tese que: Sorte étrabalho e que trabalho cria oportunidades. Parabéns, fico feliz em saber que minha tese pessoal realmente acontece. Desejo muito ir para Ottawa trabalhar e dar uma vida na qual meus filhos não saiam para ir a escola e sejam mortos ou machucados por um produto desenvolvido por este governo brasileiro extramamente irresponsavél. Sucesso e Saúde.
By Dù Gomes, at 10:15 PM
Caro Claúdio, parabéns por sua história. É bom ouvir histórias de vitória e crescimento pessoal depois de ouvir tantas coisas que nos colocam pra baixo. Também tenho muita vontade ir ao Canadá.
Só mais uma coisa, hoje você trabalha por conta própria, "no 'basement' de sua casa" ou na Citrix?
Abraços e boa sorte.
By Alex Martins, at 5:02 PM
Valeu pelos comentários pessoal. Realmente agradeço a todos.
Alex: não, eu não trabalho na Citrix. Fundei outras empresas e é nelas que trabalho.
Abraço a todos!
By Cláudio Rodrigues, at 11:57 AM
Ola Claudio,
Primeira vez que leio seu blog e preciso dizer que fiquei emocionada com seu post. A prova de que o trabalho e a dedicacao sao recompensados com a vitoria.
Parabens!
By Cândice Cesar, at 7:29 PM
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