TSFactory

Friday, April 14, 2006

Excesso de Bagagem



Ok. Sinceramente após a viagem de hoje eu não entendo mais nada. Graças ao destino tenho a infelicidade de ter que viajar em média 100,000 milhas anuais (em ano devagar; quando a coisa fica feia pode colocar mais umas 50,000 milhas para ajudar). Hoje de manhã peguei o vôo de Washington para Ottawa. Meras uma hora e meia diria o leitor. Sim, parecia fácil e simples.

Após ter acordado às 6:30 da manhã lá vou em para o Dulles International Airport. Até então tudo correndo conforme o planejado e com o feriado para ajudar não esperava contratempo algum.

Pois bem, lá estava eu sentado no avião da Air Canada (um avião pequeno já que a rota DC-Ottawa não parece ser das mais concorridas), relativamente vazio, quando eis que me aparece na porta do mesmo uma distinta senhora, já nos seus quarenta e fumos, grande. Bem eu não sou pequeno; tenho 1.80m com 79Kg extremamente bem distribuídos (certo, certo, nem tão bem distribuídos assim). A distinta tinha pelo menos uns 180Kg e maior do que eu. Com o passar dos anos meio que desenvolvi esse olhar de balança, que só de bater o olho já sei quanto você pesa. Infelizmente, junto com tal poder mediúnico, veio também o "imã-atrai-bagulho-em-avião" e é claro que tinha que sobrar para mim.

Resumindo o pãnico que se formou no âmago do meu ser, a distinta estava sentada EXATAMENTE ao meu lado. Amigos, o avião não tinha primeira classe. Era tudo uma coisa só. Como a densidade do ser humano é meio que constante (podem olhar no Google), como ela pesava quase três vezes mais que eu, sem ser um Einstein fica fácil de ver que a mesma não teria como ocupar o mesmo espaço. De fato ela ocupava aproximadamente duas vezes e meia o que eu ocupo. Eis então que temos dois assentos para três pessoas e meia.

Percebendo a agradável situação que se formara, um distinto passageiro na fileira ao lado alertou-me que mais ao fundo existiam fileiras vazias e nem pensei duas vezes. Lá me fui. Claro que a polpuda senhora percebeu o ocorrido e lá ficou na poltrona (quero dizer, nas duas poltronas) com meio corpo ainda sobrando e com uma certa cara de tacho.

Mas pergunta-se o leitor, qual a relação de tudo isso com o título desse artigo? Simples. Assim como as companhias aéreas cobram quando enviamos malas que excedem um certo tamanho e/ou peso, elas deveriam começar a cobrar algo chamado 'Excesso de Pessoa'. O leitor que me desculpe mas caso o mesmo ocupe mais espaço que um assento no avião em que irá embarcar, o mesmo deveria ter que comprar mais de uma passagem ou caso prefira, ser despachado como carga. Não é justo com os outros passageiros que a maioria sofra por causa dos outros. Se a Air Canada tivesse me avisado que eu iria estar num vôo de carga, não teria ido. Comprei passagem para um vôo comercial, destinado a passageiros; não pedi para ir com a carga.

Alguns podem dizer que isso não é justo. Me expliquem então o que a Air Canada faria se nesse vôo tivéssemos duas pessoas de tal porte, sentadas lado a lado, e o vôo estivesse completamente lotado. Iriam eles simplesmente deixar um do lado do outro, cinco corpos ocupando um espaço de dois assentos? Jamais. Iriam tentar fazer algo. O que eu não sei.

E nem ousem olhar para o meu assento.

Thursday, April 06, 2006

The Twilight Zone!



Faz tempo que venho tentando obter a aprovação da verba necessária para a compra de mais um artigo de primeira necessidade em qualquer basement Canadense.
Finalmente, após duras negociações com a esposa, a verba, totalmente justificada, foi aprovada e ontem comprei nossa primeira máquina de fliperama (Pinball).

Como sabem cresci em São Paulo e quando adolescente, na década de 80, as casas de fliperama eram consideradas habitats do mal, lupanares e coisas do gênero. Isso só serviu para alimentar em toda uma geração a vontade de passar, ainda que raramente, alguns minutos em tais antros de pecado jogando fliperama. Fiquei então fascinado pelas tais máquinas de fliperama, aquelas tradicionais com os batedores e as bolinhas de metal; nada parecidas com o que a geração arcade, certa que a vida na terra começou com o saudoso Nintendo Famicom, conhece.

E essa idéia de um dia comprar uma dessas máquinas ficou aqui na minha cabeça, em algum cantinho, adormecida. O tempo passou e a idéia começou a crescer logo após termos terminado a reforma total do nosso basement. Foi então que decidi seguir em frente e escolher a máquina que começaria uma futura coleção (que minha esposa não leia isso). Após muita pesquisa decidi que a Twilight Zone era exatamente a máquina.
Não somente por fazer parte da história do Pinball, com muitas inovações tecnológicas, mas também pelo tema, que gosto bastante, e por atender à todas as faixas etárias (assim meus filhos podem se divertir também).

Faltava então achar a máquina perfeita. Após muitos telefonemas, buscas em sites especializados e no Ebay, ontem achei a escolhida. Arrematei e o resto, como dizem, é estória.

Vida longa ao Pinball!